Geografia

Algoz era uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Silves, com 38,91 km² de área e 3 831 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 98,5 hab/km², o que lhe permitia ser classificada como uma Área de Baixa Densidade (portaria 1467-A/2001). A povoação sede da freguesia foi elevada à categoria de vila em 12 de Julho de 2001. Foi agregada à freguesia de Tunes, criando a União das freguesias de Algoz e Tunes.

Esta antiga freguesia do concelho de Silves situa-se em pleno barrocal algarvio, estende-se por um vale aberto, delimitado a sul, por uma montanha e a oeste por terrenos elevados. A norte, Algoz faz fronteira com a freguesia de São Bartolomeu de Messines, a leste com Tunes (agora integrada na União de Freguesias de Algoz e Tunes) e a sul e a oeste com Pêra.

Lugares

Algoz é composta pelos lugares de Afonso Vaz, Aivados, Aldeia de Tunes, Alvaledes, Baiãs, Taipas, Barranco Longo, Ribeira Alta, Ribeira Baixa, Chaminé, Ferrarias, Foral, Lamijo, Lapa.

DEMOGRAFIA

População de Algoz:

Ano 2011: 3 831

Ano 2001: 2 946

Ano 1991: 2 842

Gastronomia

Milhos com carne de porco, ervilhas com ovos e chouriço, favas com toucinho e chouriço fritos, papas de farinha de milho, bolos D. Rodrigo e azeitonas britadas com oregãos.

ECONOMIA

A sua caracterização económica baseia-se essencialmente no sector comercial e agrícola, nomeadamente nas culturas de citrinos e plantação de vinha.

Em Algoz produzem-se, em quantidade e abundância, vinho, amêndoa, trigo, figo e azeite. Algoz dispõe também de estufas agrícolas vocacionadas para a produção de tomate, couve-flor, morangos e todo o tipo de primícias, que vende para os grandes centros urbanos. Contudo os citrinos são, nos dias de hoje, a cultura predominante.

No sector terciário, o comércio com grande crescimento nestes últimos anos, com uma população ativa, graças ao aumento de lojas de pequeno e médio retalho, e empresarial, podemos concluir que este sector deverá ser o verdadeiro motor de desenvolvimento da freguesia.

Recentemente instalaram-se no Algoz várias empresas de distribuição, a saber: Jerónimo Martins, Garcias, Leroy Merlin, Santos & Vale, Torrestir e outras ainda a instalarem se. A empresa Elis dispõe também de um espaço de serviços e existe uma Fábrica de detergentes, com produção própria. De notar também em Tunes, para além da instalação da Bomba de gasolina, podemos verificar o aumento de empresas na plataforma empresarial, junto à mesma.

A este crescimento empresarial, podemos associar, o aumento da procura de Habitação e a lotação dos restaurantes da união de Freguesias.

No passado, ao lado da atividade predominantemente agrícola, sobressaem as antigas atividades industriais e de comércio - três fábricas de cerâmica e uma de destilação de álcool, no Algoz, e em Tunes, uma fábrica de cerâmica, no sítio de Vale de Silves.

Ao norte da povoação corre a ribeira do Algoz, que vem de leste, à qual se junta a sul da Ermida de São Lourenço do Palmeiral, a do Barranco Longo, que vem de nordeste.

Mais adiante, a Ribeira do Algoz, ao passar pela ponte de Alcantarilha, toma a designação de Ribeira da Enxurrada ou de Alcantarilha.

Por fim, a ribeira desagua no mar, entre Pêra e Armação de Pêra. O regime de águas desta ribeira é irregular, pois seca muitas vezes durante o Verão e em frente a Pêra forma-se uma lagoa que nem sempre dá saída às águas da ribeira, porque as areias desenham, por vezes, um cordão em forma de duna, que impede o desaguamento.

Em Algoz produzem-se, em quantidade e abundância, vinho, amêndoa, trigo, figo e azeite. Algoz dispõe também de estufas agrícolas vocacionadas para a produção de tomate, couve-flor, morangos e todo o tipo de primícias, que vende para os grandes centros urbanos. Contudo os citrinos são, nos dias de hoje, a cultura predominante.

Recentemente instalaram-se nesta vila várias empresas de distribuição, a saber: Jerónimo Martins, Garcias, Leroy Merlin, Santos & Vale; Torrestir. A empresa Elis dispõe também de um espaço de serviços no Algoz.

No passado, esta vila dispunha de indústria, tal como três cerâmicas e uma fábrica de destilação de figo para produção de álcool.

Em Tunes, existia uma cerâmica, no sítio de Vale de Silves.

Tunes e suas origens . . .

Tunes vem do Árabe "at-Tunis", e as opiniões em relação à origem do topónimo dividem-se entre aqueles que afirmam dever-se ao facto de a povoação que aí se fixou primeiramente ter vindo de Tunis, no Norte de África;

E aqueles que acreditam estar na origem de uma flor existente na aldeia medieval de Tunes – uma planta herbácea da família das asteráceas “Tagetes Patula” (cravo de Tunes) de folhas penatissetas (recortadas) e flores amarelas.

No século XIX, no lugar que hoje se denomina Tunes, existiam apenas algumas casas pertencentes a agricultores que se dedicavam ao cultivo da vinha. Os primeiros bairros começaram a aparecer aquando da abertura da estação ferroviária, no sítio das Gateiras.

Inicialmente o planeado, em relação à localização da estação, era que, a mesma seria na Aldeia de Tunes, em Algoz, aldeia que deu o nome à freguesia de Tunes. Contudo, devido ao declive do terreno, optou-se pela construção da estação, um quilómetro mais para nascente.

A povoação desta freguesia desenvolveu-se em redor do entroncamento ferroviário que ligava Lisboa ao Algarve e era composta, na sua maioria, por funcionários dos caminhos-de-ferro.

No dia 21 de Fevereiro de 1889, passou na localidade de Tunes o primeiro comboio que ligou Lisboa a Faro e foi na linha de Tunes-Lagos que circulou a última máquina a vapor, no Algarve em 1972.

Na mesma altura, com o aparecimento da central termoelétrica, o desenvolvimento desta freguesia foi notório.

Hoje, Tunes é cada vez mais uma freguesia que segue o percurso do turismo nacional, na sua estação passam diariamente comboios Alfa Pendular e Intercidades com destino a Lisboa ou Faro, e comboios regionais entre Vila Real de Santo António e Lagos.

Diogo do Guiné foi uma das personagens que marcou a história desta freguesia. Ao ser acusado de vários crimes, fugiu das forças policiais em 1833 e refugiou-se na caverna do Cerro do Guiné, onde ninguém entrava, por se dizer que lá existiam homens de pedra e precipícios. Por este facto, Diogo passou a ser conhecido por Diogo do Guiné.

Hermínio da Palma Inácio nasceu em Tunes e ficou conhecido pela sua participação em algumas operações de sabotagem contra o regime de Salazar, entre elas o desvio do avião “Caravelle”, da TAP, que fazia a ligação Casablanca-Lisboa, em 1961. Foi também fundador da LUAR-Liga de União Revolucionária. Em 1995 foi indicado pelo então Presidente da Republica, Mário Soares, para receber a Ordem da Liberdade, Ordem que viria a ser concedida posteriormente.

Estação de Tunes

Desde 1858 que se discutia como continuar o Caminho de Ferro do Sul, que na altura terminava em Beja, até Faro; no entanto, só em 21 de Abril de 1864 é que foi assinado um contrato entre o governo e a Companhia dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste, a contratar a construção da ligação ferroviária entre Beja e o Algarve.

O governo abriu concurso para a construção deste caminho de ferro a 26 de Janeiro de 1876. A 1 de Julho de 1889, foi aberto à exploração o troço entre Faro e Amoreiras.

Em 10 de Agosto de 1897, foi apresentado um Projeto de lei para a construção de vários caminhos de ferro, incluindo um de Tunes a Portimão e Lagos. Em 11 de Novembro do mesmo ano, o Conselho Superior de Obras Públicas e Minas aprovou o projeto para o troço até Portimão.

A Estação está simbolizada por uma locomotiva, no brasão da Junta de Freguesia de Tunes.

_{Estação de Tunes, 2003 | by Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro.}

Fábrica da Cerâmica

Na década de 30/40, a produção de cerâmica foi fonte de emprego para grande parte da população e durante vários anos foi um dos motores de desenvolvimento da freguesia, até ao seu encerramento nos anos 80. Estiveram também em funcionamento seis fornos de telha mourisca, onde se produzia tijolo burro.

Património Natural

Penedo Gordo

No que diz respeito ao Penedo Gordo, é uma enorme rocha magmática, de acordo com a tabela de classificações. De altura mede 3 metros, e ocupa um espaço de 16 metros, encontrando se inserido num terreno privado. Percorrendo o seu cimo, apresenta uma pequena caverna que parece não ter fim, mas devido à sua pequena dimensão, não é possível lá entrar e descobrir que segredos poderá guardar. Pensa-se, pois, que por debaixo, existia uma vasta nascente de água.

Caverna do Guiné

Podemos referir, que a dita caverna, localizada no Cerro do Guiné, apresenta-se com uma entrada redonda e pequena, e que nela, apenas cabe um homem. É constituída por rocha sedimentar, de acordo com a sua classificação e é composta por variadas divisões e compartimentos, onde são visíveis diversas galerias constituídas por estalagmites e estalactites.

Em relação ás suas lendas, as pessoas mais antigas, contam que junto à boca da furna, se ouviam vozes que ninguém entende, e também homens de pedra, que se formam junto dos enormes precipícios, caso mesmo para dizer que ali existia bruxaria. Uma das principais figuras da caverna, foi o tão conhecido Diogo do Guiné, que fugiu às forças policiais e que lá se foi refugiou.

Outros locais

• Reservatório para água
• Central Termoelétrica
• Igreja Matriz de Tunes
• Talefe do Guiné

Reservatório para água - Por Sul Informação, 2013	Central Termoelétrica - @ Sónia Pais